Convenção pouco convencional

A 7ª Convenção da RSOPT – Rede da Responsabilidade Social das Organizações rasgou em Oliveira de Azeméis novos horizontes para o encontro anual dos seus membros. Conseguiu combinar de forma eficaz o debate temático, a prestação de contas das actividades desenvolvidas no último ano com a visita a empresas e experiências locais de relevo. Este novo modelo de sucesso certamente terá continuidade, por ocasião da 8ª Convenção, que se realizará em 2015.

A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis foi um anfitrião de excelência. Abriu as portas da Biblioteca Municipal e articulou com inúmeros parceiros locais que quiserem demonstrar um especial apreço pela responsabilidade social e confirmar a imagem de hospitalidade dos oliveirenses.

O Presidente da Câmara, Hermínio Loureiro, foi forçado a desempenhar duas funções, a de autarca local e a de responsável politico da AMP – Área Metropolitana do Porto que aliás assumiu de forma muito convicta ao demonstrar nas suas intervenções quanto é decisivo ter um espírito prático para levar a bom porto objectivos tão diversos quantos os que percorrem o território metropolitano.

O tema do “Crescimento Inteligente com as pessoas e as organizações” foi introduzido por André Magrinho da Fundação AIP que desafiou os presentes a se posicionarem face à complexidade dos conceitos numa perspectiva prática de fazer mais e melhor numa nova cenarização marcada pela diversidade tecnológica e por novos quadros globais de actuação. Impostos pela mundialização.

Por sua vez as empresas e as redes que prestaram o seu testemunho em matéria de boas práticas de responsabilidade social foram prudentes face às reais possibilidades de implementar grandes medidas em favor dos colaboradores quando o tempo é de recessão. Mas há quem despreze essas componentes e adopte a política do “vale tudo” e quem mantenha uma posição de princípio e se esforce por manter equilíbrios sociais no meio de tanta adversidade.

Valeu a clarificação que Clara de Jesus da CITE introduziu na distinção entre uma abordagem paternalista da responsabilidade social e uma outra visão, cidadã, transparente e com uma clara participação dos interessados, para não serem colocados em situação de fragilidade e até de submissão por via de benesses ou facilidades a que acedem quando a sua atribuição está associada a relações estruturais de poder.

Os Grupos de Trabalho da Rede prestaram contas e apresentaram em alguns casos novas abordagens e soluções. Apesar das dificuldades constata-se que existe uma verdadeira vitalidade em torno dos tremas desafiantes da RSO e que há GT (grupos de trabalho) a disponibilizar novos recursos para a REDE.

A visita à Lactogal e ao Parque Molinológico de Ul constituíram excelentes experiências que alguns participantes valorizaram permanecendo até ao final da tarde e convivendo na recta final à volta do fantástico pão de UL e de outras iguarias que o Município local colocou à disposição dos participantes.

Espera-se que desta Convenção saia uma nova capacidade de dinamizar as “Causas RSO” e que durante o próximo ano venham a ocorrer iniciativas entre os próprios membros em favor do “crescimento inteligente” e de uma maior afirmação da Responsabilidade Social no pais.

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