Apoio aos refugiados, uma oportunidade para testar modelos de “nova solidariedade”.

Para apoiar os que vão chegar com enormes carências, a todos os níveis, devem ser mobilizados meios de emergência e todos esses recursos serão bem-vindos e preencherão uma missão fundamental: resolver os problemas imediatos e urgentes.
Mas na verdade esta urgência e emergência já se encontrava, em muitas situações, na nossa proximidade com o crescimento dramático da pobreza e da perda de habitação por parte de muitas famílias.
Veja-se como é difícil introduzir o conceito de “Alojamento solidário” e de forma mais específica, por exemplo o “Alojamento intergeracional”.
A partir de regras e de mecanismos colectivamente monitorizados, será possível combater a solidão dos mais idosos e criar novas oportunidades de alojamento que podem funcionar com pagamento de renda mas também parcialmente com serviços aos proprietários.
De igual forma os espaços de restauração social que numa visão assistencialista terão uma utilização marcada por uma relação de dependência, numa perspectiva de efectiva solidariedade a confecção ou preparação das refeições terão sempre que contar com a colaboração dos utilizadores, favorecendo por exemplo a diversidade e as experiências gastronómicas e a aprendizagem mútua sobre aspectos alimentares.
Conseguir nas situações de emergência introduzir inovação social, não é fácil, mas às tantes é o quadro mais favorácel para não se fazer “mais do mesmo” e de acabar por reforçar os mecanismos de poder existentes.

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