Abandono precoce da educação e formação foi tema de Conferência em Matosinhos

Conferência em Matosinhos com a presença da Delegação da Gironde (Bégles e Bordéus). Laetitia Teixier, Olivier Cloud e Françoise Palin. E Caixa de Mitos :Miguel Ribeiro e Carlos Ribeiro.
Do documento da Estratégia apresentada por Luis Mesquita da ESOM – EScola da Segunda Oportunidade de Matosinhos.
“O abandono precoce da educação e formação (APEF) em Portugal continua muito elevado, sendo um dos maiores da UE. Precisamos de nos ocupar seriamente deste problema começando por reconhecer claramente que temos um problema e abandonando definitivamente as estratégias de NEGAÇÃO e de atenuação que procuram diminuir a sua gravidade e urgência. Os largos milhares de jovens que saem da escola sem as qualificações indispensáveis à sua integração social constituem uma verdadeira EMERGÊNCIA social, sendo hoje as maiores vítimas do desemprego, o que se traduz em sofrimento e dificuldades extremas para estes jovens e enormes custos para a economia e o Estado Social.
O problema social do abandono precoce e das baixas qualificações dos jovens é um grave obstáculo ao nosso desenvolvimento, existindo hoje um grande consenso em torno da necessidade urgente de melhorar as qualificações da nossa população, particularmente dos mais jovens. O desafio que se coloca ao país é travar o processo de abandono massivo e desqualificado da escola de milhares de jovens, intervindo nas várias áreas problemáticas da sua vida, num sinal de claro comprometimento com a redução do APEF para 10% até 2020, no âmbito da estratégia Europa 2020
Não podemos desistir de milhares de jovens, muito menos em estruturas demográficas tão envelhecidas como a nossa. Não podemos pactuar com desigualdades. Existe um direito constitucional de educação para todos que é necessário garantir. É por isso que o APEF configura uma situação de emergência social. Portugal precisa de fazer mais para honrar este seu compromisso internacional. O país oferece hoje apenas respostas muito precárias ao nível das políticas públicas, não dispondo de uma estratégia nacional articulada e coerente de medidas para cumprir este objectivo”

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