PROGRAMAS DIRIGIDOS AOS JOVENS NOS TERRITÓRIOS

Carlos Ribeiro | Caixa de Mitos | Programa Terra Jovem – Açores

Das experiências, vividas ao longo dos últimos anos, relacionadas com a intervenção junto de grupos de jovens em situação de maior vulnerabilidade social e com necessidades de acompanhamento ou de criação de quadros para o seu desenvolvimento podemos recensear abordagens diferenciadas que o Programa Terra Jovem nos Açores, em S. Miguel, tem vindo a aprofundar com uma tripla combinação:

  • abordagem orientada para o desenvolvimento do Poder de Agir dos jovens;
  • territorialização da intervenção articulando as acções com a animação comunitária, o desenvolvimento local e o desenvolvimento sustentável;
  • criação de novos cenários e de novos espaços facilitadores de auto-organização e de aprendizagem em territórios aprendentes.

O DIREITO À ESPERANÇA DOS MAIS JOVENS.

Há zonas da nossa vida em comum sobre as quais é preciso afirmar categoricamente que determinados processos ligados ao desenvolvimento estão errados, porque opostos a um desenvolvimento realmente sustentável. Nesse plano os operadores nos territorios precisam de reformular formas de actuação. Quem melhor que os jovens que estão a ser vítimas de um quadro global de desenvolvimento insustentável para serem os agentes de mudança num sentido mais favorável? Essa lógica de actuação implica: reconhecer o direito à esperança dos mais jovens num futuro melhor e colocar no centro da mudança social, não os seus privilegiados mas antes os que se encontram fragilizados pela marginalização de que têm sido vítimas ao longo dos anos.

INICIATIVAS ECONÓMICAS LOCAIS

Candelária. S. Miguel. Como ligar as iniciativas económicas locais dinamizadas pelos jovens do território com uma estratégia de desenvolvimento sustentável na qual eles passam a ser centrais, ao invés das políticas de inserção social convencionais que os remetem para um papel de meros participantes de respostas sociais pré-definidas?

A COOPERAÇÃO DAS EMPRESAS LOCAIS

Que empresas devemos valorizar? Por mais que sejam grandes e importantes em termos de emprego, nem todas as empresas devem merecer uma valorização das comunidades. Aquelas que favorecem a matéria prima, fornecedores e o emprego locais e que desenvolvem uma estratégia que incorpora no seu desenvolvimento factores económicos mas tambem sociais e ambientais, devem ser assumidas como parte integrante do sistema de governação do território ao mesmo nível que as entidades que exercem funções de interesse público.. A Quintal dos Açores, na Candelária tem exactamente esse perfil…